Devocional do dia

A filósofa e autora Hannah Arendt (1906-75) observou: “Houve pessoas que resistiram aos monarcas mais poderosos, recusando-se a prostrar-se diante deles. Mas poucos resistiram à multidão, solitárias diante do povo mal orientado, encarando desarmadas sua fúria implacável”. Sendo alemã de origem judia, Arendt observou de perto, no início do século 20, o pavor que as pessoas têm de serem rejeitadas pelo grupo.

O apóstolo Paulo vivenciou tal rejeição. Ele havia estudado para ser rabino e fariseu, mas sua vida virou de cabeça para baixo quando ele encontrou o Cristo ressurreto. Paulo estava a caminho de Damasco para perseguir aqueles que criam em Cristo (Atos 9). Após sua conversão, Paulo foi rejeitado pelo seu próprio povo. Na carta de 2 Coríntios, o apóstolo comenta sobre alguns dos sofrimentos que eles lhe causaram, como espancamentos e prisões (6:5).

Ao invés de reagir com raiva ou amargura, Paulo desejava que os seus também conhecessem a Jesus. Ele escreveu: “Meu coração está cheio de amarga tristeza e angústia sem fim por meu povo, meus irmãos judeus. Eu estaria disposto a ser amaldiçoado para sempre, separado de Cristo, se isso pudesse salvá-los” (Romanos 9:2-3). Que nós, que já fomos aceitos na família de Deus, possamos convidar até os nossos adversários para conhecerem o Senhor.