Devocional do dia

Carina me pediu para conversarmos em particular, e percebi que ela havia chorado. Ela era uma de nossas líderes, tinha 42 anos e queria se casar. Seu chefe, que já era casado, estava interessado nela. Tendo sofrido com um irmão cruelmente sarcástico e um pai não afetuoso, Carina, ainda jovem, descobriu sua vulnerabilidade aos avanços masculinos. Com fé renovada, ela conseguiu estabelecer novos limites saudáveis, mas o anseio permanecia em seu coração. A provocação de um amor inviável a atormentava. Conversamos e, numa oração franca e convicta, Carina confessou sua tentação, reconheceu que seu chefe não era uma opção, confiou seus anseios a Deus e saiu muito mais leve.

Naquele dia, entendi o genial conselho de Paulo: que nos tratemos mutuamente como irmãos e irmãs na fé (1 Timóteo 5:1-2). Como vemos as pessoas determina nossa interação com elas; num mundo pronto a objetificar e sexualizar, ver os do sexo oposto como família nos ajuda a tratá-los com o cuidado apropriado. Entre irmãos, não deve haver espaço para abuso ou sedução.

Por conhecer apenas homens que a diminuíram, usaram ou ignoraram, Carina precisava de alguém com quem ela pudesse falar de irmã para irmão. A beleza do evangelho é que ele nos concede novos irmãos e irmãs que nos ajudam a enfrentar os problemas da vida.